A quarta revolução industrial na saúde suplementar
A quarta revolução industrial na saúde suplementar
O processo industrial é a forma de transformar matéria prima em produtos comercializáveis. Quando ocorre uma grande mudança nesse processo por causa de uma série de inovações tecnológicas, há impactos globais nos âmbitos social, econômico e político.
A primeira revolução industrial mudou o paradigma mundial por acelerar este processo, que era totalmente artesanal, a partir do uso de carvão, vapor e ferro, barateando os produtos em diversos setores.
A segunda revolução industrial teve como alicerce a eletricidade, a química e o petróleo. Nesse período houve o desenvolvimento de tecnologias como o avião, refrigeradores, alimentos enlatados e os primeiros telefones.
A terceira revolução industrial, ou revolução informacional, foi marcada pelo surgimento dos eletrônicos, tecnologia da informação e das telecomunicações.
A quarta revolução industrial é um conceito desenvolvido pelo alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial. Segundo ele, a industrialização atingiu uma quarta fase, que novamente “transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos”.
Essa fase tende a ser totalmente automatizada a partir de sistemas que combinam máquinas com processos digitais, utilizando-se de conceitos de inteligência artificial e seus derivados, como machine learning, deep learning e internet das coisas (IoT), abrangendo não somente o setor industrial propriamente dito, mas todas as esferas da sociedade, fazendo com que todos tenham suas vidas impactadas pela quarta revolução industrial.
Quando trazemos todo esse conceito para o universo de sistemas de informação e, mais especificamente, para o segmento de saúde suplementar, um mar de possibilidades se abre aplicando essas tecnologias.
Se antes os sistemas de informação, como os ERP, Business Intelligence, Dashboards, etc. vinham para facilitar a vida e otimizar o tempo do executivo, com o uso da inteligência artificial esses dados podem ser melhor analisados pelos sistemas e os mesmos podem até mesmo tomar decisões para o gestor, baseado na experiência que os sistemas podem adquirir com o tempo e aprendendo com os humanos como se comportar a cada situação específica, formando uma imensa rede neural artificial.
Mesmo ações do dia a dia podem ser automatizadas dessa forma. Com um banco de dados conciso, sistemas inteligentes podem decidir sobre a liberação ou não de um procedimento, analisando inclusive relatórios médicos que sejam anexados ao processo. Tudo isso baseado em decisões anteriores e seus resultados.
No campo da TI isso também gera muita segurança para os profissionais da área, que podem dispensar seu tempo em ações mais produtivas e de valor agregado à organização. Se antes, por exemplo, um DBA precisava monitorar o crescimento de um banco de dados, escalar recursos em determinado período do mês por conta de fechamentos, ou até adquirir novos hardwares ou serviços para contingenciar o crescimento, com o uso de banco de dados autônomos, que conseguem se ajustar e escalar conforme a necessidade, isso fica muito mais simples de ser administrado.
Na área médica é cada vez mais comum vermos diagnósticos serem sustentados por dados de sistemas de inteligência artificial, que minimizam muito o erro médico e tornam os diagnósticos cada vez mais precoces e com mais sucesso de cura no tratamento.
A era da inteligência artificial chegou para ficar e cada vez mais essa tecnologia fara parte do dia a dia de todas as pessoas. Cabe nós fazer bom uso do tempo que será economizado com isso para que possamos já começar a desenvolver a quinta revolução industrial!