A relevância da medicina preventiva em época de pandemia
A relevância da medicina preventiva em época de pandemia
As operadoras de saúde precisam olhar com cuidado sua operação para entender os reflexos desse momento. Rever o seu modelo operacional e promover as adaptações necessárias será o fator de sobrevivência para elas.
A experiência com a Covid-19 vem tornando as pessoas mais conscientes da necessidade de autocuidado com a saúde, a crise socioeconômica certamente reduzirá as receitas das operadoras e a redução de custos decorrentes dos adiamentos dos procedimentos eletivos representam apenas um fôlego momentâneo. O fato é, a COVID-19 trouxe à tona muitas fragilidades do sistema de saúde e é imprescindível se adequar à nova realidade.
As operadoras precisam se dar conta de que o cenário atual aponta para um acelerado aumento de custo e delinear ações que possam garantir ao associado o cuidado certo na medida certa, é uma boa estratégia para controlar e conter o custo, bem como para proteger suas marcas e manter a lealdade dos clientes. Para conseguir entregar isso, é preciso entender a sua população, desenhar os serviços e ter um modelo assistencial que converse com a necessidade da população atendida.
E o foco na medicina preventiva com o objetivo de produzir saúde e não apenas tratar a doença, sem dúvida, representa uma parte importante das ações de controle e contenção de custo. Com esta prática, é possível mitigar riscos que possam comprometer o equilíbrio de caixa e liquidez, em especial nos médios e longos prazos.
A medicina preventiva, como o nome já diz, é uma maneira de prevenir doenças por meio de tratamentos para a saúde e diagnósticos precoces, a indução a tratamento preventivo, traz benefícios tanto aos assistidos em relação a prevenção de doenças, quanto às operadoras na prevenção de riscos. Vale ressaltar, que a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, aponta que o custo para as operadoras com tratamento de doenças é sete vezes maior do que com pacientes saudáveis.
A implantação de um programa de medicina preventiva é um grande desafio para as operadoras, não é uma tarefa fácil, a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, define que ele precisa conter um conjunto orientado de estratégias e ações programáticas, integradas, que objetivam a promoção da saúde, a prevenção de riscos, agravos e doenças, a compressão da morbidade, e o aumento da qualidade de vida dos assistidos. Por isso, para garantir a efetividade de um programa de medicina preventiva, as melhores práticas demandam um planejamento adequado, uma equipe multidisciplinar, contendo médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, dentre outros e tecnologias e softwares de gestão. Eles contribuem no controle e mapeamento da situação geral dos beneficiários, facilitando, assim, a criação de estratégias para a prevenção.
Os programas de medicina preventiva são vistos como uma das melhores formas de garantir a sustentabilidade das operadoras, desde que elas consigam planejar as atividades de forma adequada, fazer a elegibilidade correta das pessoas, traçar um criterioso perfil dos beneficiários, promover ações com alto engajamento e acompanhar continuamente os indicadores de desempenho, essas são premissas fundamentais para o sucesso dos programas. Sem elas, os resultados esperados serão comprometidos.
Se sua operadora ainda não conta com um programa de medicina preventiva, é hora de refletir sobre esse modelo de atenção à sua saúde como estratégia de negócio e agir.