Empresas Data Driven
Empresas Data Driven
Cada vez mais vem crescendo dentro das organizações o conceito de Data Driven, que defende que a empresa precisa ter sua gestão orientada a dados.
Isso se deve ao grande volume de dados que as empresas têm à disposição sobre o seu negócio (dados internos) e o mercado (dados externos). Com o crescimento do uso da tecnologia, barateamento dos recursos computacionais para armazenar e processar grandes volumes de dados e uma concorrência cada vez mais acirrada, usufruir desse conjunto de recursos para apoiar a tomada de decisões é, além de promover a eficiência na gestão, uma questão de sobrevivência.
Ainda assim, é um erro crasso colocar a gestão orientada a dados em contraponto a uma gestão feita a partir do feeling e suposições dos executivos da organização.
Na verdade, uma coisa nunca substituirá a outra. A cultura Data Driven vem para entregar evidências que comprovem o que os executivos supõem, com base em suas experiências, ou que contradigam essas certezas, fazendo com que o gestor reavalie suas premissas e faça ajustes em suas estratégias.
Dessa forma esse processo se torna cíclico uma vez que a experiência do gestor colabora na construção dos KPIs da organização e a análise de dados o alimenta com novas informações, que possibilitam que ele aprimore seu conhecimento e consiga gerar mais valor para a organização, inclusive reavaliando os KPIs os tornando mais poderosos.
Ao trabalhar os dados para gerar informação, que alinhada com a experiência dos gestores se torna conhecimento que pode ser convertido em decisões estratégicas, e ainda fomentando esse ciclo em todos os níveis da organização, as empresas estão modificando sua cultura para se tornarem Data Driven.
Em resumo, a implementação da cultura de dados tem que estar fundamentada, obrigatoriamente, em três pilares, para que ela seja usada de maneira ideal. São eles: Processos, sistemas e pessoas.
Se não temos as pessoas capacitadas e imbuídas na gestão orientada a dados, a implementação da cultura Data Driven fica apoiada somente em processos e sistemas que, sem as pessoas atuando conjuntamente, torna toda a tecnologia disponibilizada inútil por falta de uso.
Já quando não temos processos bem definidos, apoiamos nossa cultura somente nas pessoas e nos sistemas. Isso faz com que cada pessoa utilize os sistemas e os dados obtidos neles da maneira que melhor lhe convêm, sem uma preocupação em tornar isso transparente a todos da organização, e que a empresa trabalhe dentro de um mesmo conceito, tendo então instalado um caos sistematizado.
Por fim, se implementamos uma cultura Data Driven sem o uso de sistemas, geramos ineficiência e frustação, pois as pessoas da organização terão que trabalhar os processos sem ferramental para colher, tratar e transformar dados que são necessários para a gestão empresarial.