GNDI e Hapvida anunciam fusão

Na última semana o mercado de saúde suplementar foi surpreendido pela notícia que operadoras GNDI (Grupo NotreDame Intermédica) e Hapvida estão negociando a fusão das empresas. Ambas empresa ocupam, respectivamente, o 2º e 4º lugar no ranking das maiores operadoras do Brasil, ficando atrás da Bradesco Saúde e Amil, que estão no 1º e 3º lugar. Caso a fusão seja concretizada a empresa resultante assumirá a ponta com a impressionante marca de 5,5 milhões de beneficiários.

Apesar do anúncio referir-se a negociação e sabermos que o processo de uma transação desse porte demandar tempo, quando uma informação desse porte “vasa” ao mercado significa que muitas decisões já foram tomadas. Mesmo sem a confirmação e sabendo que o processo precisará passar pela aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que deverá garantir que não haverá ameaça ao mercado com formação de monopólio, por exemplo, a noticia agitou o mercado de ações nos últimos dias fazendo com que o valor das ações das empresas disparassem.

Sendo as empresas que foram mais agressivamente ao mercado de aquisições de operadoras e hospitais em 2020, a fusão gera sinergia. A presença geográfica de cada empresa em separado mostra uma enorme capilaridade por boa parte do território nacional se a fusão for concretizada.

Resta saber como essa fusão irá ditar os rumos da saúde suplementar no Brasil, uma vez que o resultado será a maior operadora do país, que tem a saúde da população dividida entre as pessoas que conseguem ter um plano de saúde privado, cada vez mais caro e sem alternativas com a concentração nas mãos de poucas empresas, e pessoas que são atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) , que não consegue dar vazão a demanda e dar um atendimento sequer próximo do exigido pela ANS (Agência Nacional de Saúde Complementar) para as operadoras de planos de saúde suplementar.