Maturidade de Gestão – Um Desafio Constante
Maturidade de Gestão – Um Desafio Constante
Me parece óbvio que as empresas que praticam uma gestão madura estão tendo um melhor resultado em seus negócios do que aquelas que carecem de maturidade de gestão. Acredito que isso seja senso comum.
No Brasil, todas as organizações fazem de alguma maneira o seu planejamento, mas algumas, fazem regularmente, fazem de modo permanente, tem o hábito de planejar, e outras, planejam por necessidade, não planejam com regularidade e não acompanham de forma adequada esse planejamento.
Logo, essas organizações que não têm a cultura de uma gestão madura encontram muita dificuldade para mudar de posição diante de cenários tão adversos como os atuais. Já as organizações que têm uma gestão mais madura, elas se reprogramam muito mais rápido, redefinem modelos de atuação mais assertivos, entendem melhor o cenário do momento e conseguem levar o seu planejamento com muito mais agilidade para toda cadeia de gestão dentro da organização. Isso demonstra uma gestão madura. Essa competência de se replanejar com rapidez e movimentar esse replanejamento fazendo com que chegue a todos os níveis de gestão da organização rapidamente, para que toda a equipe continue empreendendo esforços na mesma direção, é o que faz a diferença para se atingir os objetivos almejados.
Outro quesito relevante é a gestão de processos, a organização que tem processos bem mapeados, dinâmicos, com colaboradores bem treinados e que contam com a tecnologia para otimizar esses processos, conseguem diante de qualquer situação, seja ela de risco ou de mudanças internas que precisam ser feitas, realizar de maneira muito mais ágeis as mudanças essenciais para se adequar a necessidade do momento. Porque com um bom gerenciamento de processos é possível saber exatamente o que precisa ser mudado e o que e quem vai ser impactado com a mudança. A gestão de processos está intrinsecamente ligada a maturidade de gestão.
A falta de maturidade de gestão é uma grande barreira para o crescimento contínuo de qualquer negócio, e por vezes, é a responsável por limitar a lucratividade das empresas, e até mesmo, a sua sobrevivência. E existe um componente que sem ele não haverá empresa que consiga viabilizar uma gestão madura. Eu estou falando de saber gerir o capital humano, eu estou falando de gestão de pessoas. Organizações que investem no desenvolvimento humano tanto na capacitação profissional quanto no crescimento pessoal, que compreendem a importância de um ambiente motivacional e que conseguem gerar aspirações compartilhadas, elas assimilam em tempo hábil o dinamismo do mercado, promovem conquistas nos seus ambientes interno e externo, e ainda, tomam decisões de risco com mais agilidade e eficiência. A gestão de pessoas é o pilar mais importante de uma gestão eficiente.
Agora, vem a pergunta que não quer calar: as empresas que possuem o hábito de planejar, que dominam a arte de planejar e que fazem uma gestão impecável de processos e de pessoas, podem ser consideradas detentoras de uma gestão madura? Penso que não. Tudo isso é muito importante, mas não é o suficiente para validar a maturidade de gestão, porque em uma economia recessiva como a nossa atualmente e um mercado altamente competitivo com consumidores cada vez mais exigentes, é preciso agregar a maturidade de gestão, a gestão ágil, a inovação, a liderança e o pensamento digital. Só assim, pode-se dizer que uma organização é detentora de uma gestão madura e está apta a prosseguir nessa direção para fazer frente aos desafios impostos pela arte de empreender.
Então, que tal usar esse artigo para refletir sobre o quão madura é a gestão de sua empresa? Obrigado pela leitura e até o próximo artigo.