Mercado de planos de saúde no Brasil
Mercado de planos de saúde no Brasil
Nas últimas duas décadas, o mercado de planos de saúde vem enfrentado sérias dificuldades para sobreviver, isto vem sendo causado pelo descaso do governo brasileiro em tratar este setor, sem enxergar a realidade econômica das operadoras e o baixo poder aquisitivo da população que mais necessita de um plano de saúde, até as normas das agências reguladoras do setor que com a intenção de proteger o consumidor acabam impondo as operadoras, muitas vezes, uma legislação fora da realidade do setor. Basta por exemplo, observarmos as imposições do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, para verificarmos o quanto essa norma vem inviabilizando economicamente as entidades de autogestão e as pequenas e médias operadoras de planos de saúde, pois tal norma, não só encarasse o plano de saúde, como também, tudo que estiver ligado a saúde. Ainda se não bastasse, o setor tem um outro ponto chave que eleva sensivelmente seus custos com assistência à saúde, que é o combate ao desperdício. Estudos tem provado que em média 25% dos gastos na saúde provém de desperdício.
Por outro lado, nem tudo é desanimador se levarmos em consideração uma população de aproximadamente 210 milhões de pessoas, onde segundo dados da ANS apenas 47 milhões são assistidas pelo mercado privado de assistência à saúde, o crescente aumento populacional de pessoas com mais de 60 anos e a baixa qualidade da saúde pública, podem representar uma grande oportunidade para as pequenas e médias operadoras de saúde. Contudo, esse cenário exigirá a implementação de soluções competitivas de menor custo.
Os players desse setor sabem perfeitamente o que fazer para obterem essas soluções, como por exemplo:
- Adotar medidas para o aumento de eficiência do atendimento primário visando selecionar a demanda dos pacientes e evitando procedimentos desnecessários;
- Fazer uso de protocolos para estabelecer preços determinados para alguns procedimentos;
- Praticar maior controle de doentes crônicos;
- Desenvolver para os seus prestadores modelo de remuneração que privilegie o grau de resolutividade do tratamento;
- Criar centros de tratamentos especializados para as patologias de maior complexidade;
- Monitorar os processos e rotinas dos pacientes internados;
- Criar modelos de medicina preventiva como forma de sanear a população assistida e minimizar o custo assistencial.
Saber o que fazer não é o bastante para aproveitar as oportunidades que o setor oferece, é preciso ir além, é necessário saber como fazer para conseguir informações estruturadas e sincronizadas de maneira a viabilizar a implementação das ações aqui relatadas entre outras.
Para auxiliá-lo na busca das oportunidades que o setor oferece convido você a refletir sobre duas perguntas:
Sua operadora está tecnologicamente adequada a realidade empresarial de hoje?
Sua empresa possui profissionais especializados em manipulação de dados, de maneira a produzir informações com alto grau de confiabilidade para orientar a tomada de decisão?
Nesse contexto, é importante que fique bem claro a diferença entre dado e informação para que você possa ampliar sua reflexão. Dado e informação são coisas distintas, dado pode ser entendido como o alicerce para a elaboração de informações de uma determinada demanda e informação pode ser conceituada como produto adquirido a partir da combinação de dados.
Se você não for capaz de responder positivamente a essas perguntas, sem pairar a mínima dúvida, considere a possibilidade de contratar uma consultoria especializada nesse assunto.
Uma operadora de planos de saúde que não se colocar nesse mercado tecnologicamente adequada, dificilmente conseguirá aproveitar as oportunidades que o setor oferece.