O desafio da gestão do agendamento médico
O desafio da gestão do agendamento médico
Desde junho de 2011, quando a Agência Nacional de Saúde publicou a resolução normativa 259, as operadoras de saúde são obrigadas a garantir um prazo máximo de atendimento para algumas coberturas que variam de 7 dias (para casos de consultas básicas nas especialidades de pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia) a 21 dias para internações eletivas.
As operadoras que não cumprirem esse prazo e forem denunciadas por seus beneficiários à ANS são notificadas e podem ter a comercialização de seus produtos suspensa até que a adequação dos prazos de atendimento seja regularizada.
Do ponto de vista de garantia ao consumidor, à primeira vista, a regulamentação parece resolver um problema que não é exclusivo somente aos planos privados (Alguém já tentou agendar alguma consulta, exame ou internação no SUS?). Todavia, mais uma vez, a ANS atinge as operadoras que não tem como gerir os serviços terceirizados.
Empresas de planos de saúde que possuam uma estrutura verticalizada, com ambulatórios e hospitais próprios, voltados exclusivamente ou pelo menos prioritariamente ao atendimento de seus beneficiários, conseguem administrar as agendas de seus médicos e recursos.
Mas como as operadoras que contam com rede credenciada, que vende serviços para diversas operadoras além de atendimentos particulares, podem ingerir na agenda desses profissionais?
A primeira vista a resposta é aumentar a rede credenciada ou trocar o recurso que não está contribuindo para resolver o problema. Muitas vezes o aumento da rede esbarra em questões de custos ou até mesmo na disponibilidade do serviço. Para piorar, a troca do prestador por outro serviço muitas vezes é impossível por conta de outra exigência da ANS: O da substituição do recurso por outro similar na mesma região. Em muitos lugares o recurso é único e faz de refém os convênios que se submetem as filas os seus beneficiários além cobrar preços que beiram o abuso.
Como então as operadoras podem resolver esse dilema que já se arrasta a cinco anos?
A solução está na gestão integrada dos serviços credenciados utilizando-se de recursos tecnológicos que permitam mensurar a capacidade da rede e gerenciar o agendamento junto aos prestadores.