Perfil dos beneficiários de planos de saúde
Perfil dos beneficiários de planos de saúde
Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde juntamente com a Agência Nacional de Saúde (ANS) mostra que os beneficiários de planos de saúde estão fumando menos, consumindo mais frutas e hortaliças e se exercitando mais, mas ainda sofrem com o excesso de peso e a obesidade.
Essa informação faz parte da pesquisa VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), realizada desde 2006 pelo Ministério da Saúde em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Inicialmente, a pesquisa não discriminava os usuários de planos de saúde. A partir de 2008, em parceria com a ANS, o estudo foi ampliado e passou a avaliar dados de beneficiários de planos.
O Vigitel 2017 da Saúde Suplementar, última edição publicada, foi feito com base em 53.034 entrevistas por telefone, em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Desse total, 29.458 pessoas afirmaram ter plano de saúde. O inquérito tem por objetivo monitorar, através de pesquisa realizada por telefone, a frequência e a distribuição dos principais determinantes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que são um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e esses números não são diferentes aqui no Brasil, indicam que as DCNT são responsáveis por cerca de 70% de mortes ocorridas no mundo.
De acordo com a OMS, um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por DCNT e por fração substancial da carga de doenças devida a essas enfermidades. Entre esses fatores, destacam-se o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, dietas inadequadas e a inatividade física. Abaixo uma pequena amostra de alguns desses indicadores retirados do VIGITEL Brasil 2017:
Tabagismo: No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos fumantes foi de 7,9%, sendo maior no sexo masculino (10,0%) do que no feminino (6,3%). Para os homens, a frequência de fumantes foi maior na faixa etária de 35 a 44 anos(13,6%). Para as mulheres o percentual de fumantes aumenta até a faixa etária de 45 a 54 anos, passando a decrescer a partir de então. A frequência do hábito de fumar é menor entre indivíduos com maior escolaridade para ambos os sexos.
Excesso de peso: No conjunto das 27 cidades, a frequência de excesso de peso foi de 53,7%, sendo maior entre os homens (61,6%) do que entre as mulheres (47,6%). Para as mulheres a frequência do excesso de peso aumentou com a idade. Entre os homens, o excesso de peso aumentou até os 44 anos, quando passou a decair. Quando se analisa o excesso de peso e a escolaridade, observa-se que para o total da população e para o sexo feminino quanto maior o nível de escolaridade, menor a frequencia do excesso de peso.
Obesidade: No conjunto das 27 cidades, a frequência de adultos obesos foi de 17,4%, sendo maior entre os homens (19,7%) do que entre as mulheres (15,5%). Entre os homens, a frequência da obesidade aumentou até a faixa de 35 a 44 anos, tendo reduzido nas faixas etárias subsequentes. Beneficiárias idosas, com 65 ou mais anos de idade, apresentaram a maior prevalência de obesidade entre as mulheres. Para o total da população e para as mulheres a prevalência da obesidade decresce com o aumento da escolaridade.
Consumo Alimentar – Frutas e Hortaliças: No conjunto da população adulta estudada, a frequência de consumo regular de frutas e hortaliças foi de 42,5%, sendo menor em homens (35,8%) do que em mulheres (47,8%). Para ambos os sexos, o consumo regular de frutas e hortaliças tendeu a aumentar com a idade. O consumo regular de frutas e hortaliças é mais alto para os indivíduos com 12 ou mais anos de estudo.
Consumo Alimentar – Refrigerantes: No conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana foi de 13,6%, sendo mais alta entre os homens (16,6%) do que entre as mulheres (11,2%). Em ambos os sexos, o consumo de refrigerantes em cinco ou mais dias da semana tendeu a diminuir com a idade e foi maior entre os indivíduos com escolaridade intermediária (9 a 11 anos de estudo).
Atividade Física Insuficiente: Considerando o conjunto da população adulta estudada, 45,8% apresentaram prática insuficiente de atividade física, sendo este percentual maior entre as mulheres (51,8%) do que entre os homens (38,1%). A prática insuficiente de atividade física tendeu a aumentar com a idade após os 45 anos e, em ambos os sexos, atingiu seu patamar máximo entre aqueles no nível inferior de escolaridade.
Consumo Abusivos de Bebidas Alcoólicas: No conjunto das 27 cidades, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas nos últimos 30 dias foi de 18,8%, sendo maior entre os homens (26,9%) do que entre as mulheres (12,5%). O consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi menor entre os adultos com 55 anos ou mais. Em ambos os sexos a prevalência aumentou com o aumento da escolaridade.
Os indicadores apresentados no Vigitel 2017 são extremamente detalhados, separados por sexo, estado, faixa etária, além de subdivisões nos indicadores analisados. Acima foram mostrados somente alguns exemplos do que pode ser obtido dessa valiosa pesquisa. Também é possível acompanhar a evolução desses indicadores ao longo dos anos em que a pesquisa foi realizada:
É importante que as operadoras e administradoras analisem com atenção os dados constantes no Vigetel e, mais do que isso, consiga levantar os mesmos indicadores de sua própria carteira para identificar os desvios do perfil nacional e identificar pontos de atenção e prevenção.
Para conhecer o relatório completo clique no link do Vigitel 2017 Saúde suplementar.