Planejamento estratégico descomplicado em 4 passos

O planejamento estratégico não garante o sucesso, mas ajudará muito no crescimento do negócio, ele dá clareza para onde a empresa quer ir, como quer chegar lá, quando quer chegar e o porquê.  Quando todas as pessoas envolvidas obtêm essas informações, elas podem executar as tarefas do dia a dia desde que estejam alinhadas ao planejamento, o que irá acelerar, então, o processo de execução e, por conseguinte, aumentará a efetividade da empresa.

Para atingir esse grau de eficiência existem alguns passos importantes que precisam ser dados: 

O primeiro deles é a empresa definir com clareza qual o problema que ela está resolvendo como organização, como por exemplo: ela entrega um produto exclusivo? A empresa resolve um problema que quase ninguém resolve? Ajuda o seu cliente a ganhar dinheiro?

Por outras palavras, o primeiro passo é uma análise profunda de qual problema está sendo resolvido para o cliente, se esse problema é relevante e se as pessoas estão dispostas a pagar um valor justo pelos problemas que a empresa resolve. Se a empresa tiver a clareza de que o mercado precisa das soluções que ela oferece, se não houver dúvidas quanto a isso, siga em frente e dê o próximo passo. Vale lembrar que um planejamento errado pode causar perdas significativas para o negócio.

O segundo é fazer uma boa análise de contexto para saber o quão preparada a empresa está até então; somente após, poderá continuar no jogo resolvendo os problemas definidos no primeiro passo. Uma das ferramentas mais efetivas para isso é a análise SWOT, onde basicamente no primeiro momento a empresa irá trabalhar quais são seus pontos fortes, o que ela faz bem, se tem credibilidade no mercado, se detém uma tecnologia de ponta, se os clientes recomendam seus produtos para outras pessoas e se estão dispostos a pagar pelos seus custos. A ideia aqui é explorar ao máximo os pontos fortes.

Depois, é partir para analisar quais são seus pontos fracos, aquilo que ela não consegue fazer bem. Um bom caminho é ouvir o que os clientes, colaboradores e fornecedores reclamam. Com isso, já se tem uma boa lista dos pontos fracos e já se pode ter uma visão clara de que para fazer bem o que a empresa se propõe a fazer, ela terá que melhorar esses aspectos.

Em seguida, é preciso fazer uma análise de mercado, das condições macroeconômicas, políticas, sociais e ambientais que estão postas, para perceber quais são as ameaças e oportunidades que podem surgir em face desses cenários. Quando se tem bem mapeado os pontos fortes, os fracos, as ameaças e as oportunidades, começa a ficar nítido quais são os pontos que precisam ser trabalhados e isso naturalmente puxa o terceiro passo.

O terceiro nada mais é do que a definição dos projetos que terão prioridades diante dos recursos que se tem. A título de exemplo, podemos incluir os recursos orçamentários, a capacitação da equipe e a tecnologia disponível. É preciso escolher o que será feito primeiro, é necessário priorizar o que será executado a cada trimestre, porque geralmente não dá para fazer tudo ao mesmo tempo. Feito isso, avançamos para o quarto passo.

O quarto passo é o mais desafiador, é o engajamento e o envolvimento das pessoas que ficarão responsáveis por esses projetos, é o que pode ser chamado de desdobramento estratégico. De nada adianta o planejamento estratégico estar no topo da pirâmide se não houver na equipe tática e operacional, um senso de pertencimento, ou seja, se os colaboradores não se sentirem parte integrante do planejamento, todos os esforços empreendidos cairão por terra.

As vezes, o planejamento estratégico parece ser algo complexo de se fazer, mas a realidade é que ele pode ser feito de forma simples, sem complicação e em poucos passos, porém, não cometa o equívoco de achar que sua empresa não precisa de planejamento estratégico, que esse planejamento somente deverá ser aplicado nas grandes organizações, nada disso, o planejamento estratégico é importante para empresa de qualquer porte, porque ele funciona como um guia para auxiliar a sua empresa a caminhar na direção correta.

Para encerrar, gosto muito dessa frase de Peter Drucker: “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas a implicações futuras de decisões de agora”. 

Espero que ela te inspire em seus planejamentos estratégicos, na correspondente execução e no crescimento efetivo dos negócios de sua empresa!

Sucesso!