Plano de Saúde Individual: Problema ou Solução?
Plano de Saúde Individual: Problema ou Solução?
Assim como a maioria dos setores da economia no Brasil e no mundo, a saúde suplementar também enfrenta momentos difíceis em função da pandemia que vivemos desde 2020.
Se por um lado houve uma queda nas despesas das operadoras em função das restrições impostas pela COVID-19, e isso acaba maximizando o resultado econômico das empresas, também é fato que vários desafios estão sendo enfrentados por elas nesse período como: reajustes suspensos, recomposição de reajustes questionados na justiça pelos órgãos de defesa do consumidor, demanda reprimida em função da pandemia, perda de clientes tanto pelo fechamento de empresas quanto pela perda de empregos de beneficiários pessoa física. A lista é extensa!
Mesmo quando a pandemia passar, ainda levaremos um bom tempo para retomar a economia e muitas mudanças que ocorreram no mundo durante esse processo não voltarão a ser da mesma forma que era antes.
Nesse cenário ambíguo, volátil, incerto e impreciso, cada um busca soluções criativas para se adaptar a essa nova situação e mais uma vez vemos surgir a eterna discussão em torno dos planos de saúde individuais e familiares.
De um lado vemos grandes players do mercado encerrando a comercialização desse tipo de produto e até mesmo buscando vender suas carteiras desse segmento. A Amil já colocou à venda sua carteira de pessoa física nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, incluindo hospitais na negociação, segundo o jornal Valor Econômico, e não logrou êxito nessa oferta. Estudos mostram inclusive que talvez seja uma estratégia a operadora pagar a quem quiser ficar com a carteira, ajudando a compor o ativo garantidor exigido pela ANS para quem assumir essa operação.
Por outro lado vemos surgir novos modelos de negócio com o foco justamente nesse segmento, como a operadora Q Saúde, e empresas que se consolidaram nesse mesmo mercado, como a Prevent Sênior.
O que faz com que algumas empresas queiram abrir mão do negócio e outras prosperem nessa fatia do mercado? A resposta está no pensamento disruptivo de seus idealizadores e gestores. Ambas empresas apostam nessa fatia de mercado com um modelo de gestão que privilegia a prevenção, usando a tecnologia para atrair seus clientes para perto da operadora e participar mais ativamente dos cuidados com a saúde, diminuindo os riscos de urgência e emergência e internações.
Olhando esses exemplos fica a reflexão para todos os empresários: O que posso mudar em meu modelo de gestão para tornar meu negócio mais lucrativo?